segunda-feira, 23 de abril de 2012

Medo, humanidade, sonhos

O medo me cega, me faz covarde
eu que outrora não o temia
hoje esbarro na falta de vontade
medo de cair, medo de sofrer
medo de amar, medo de viver.

Entregue por completo às minhas loucuras
onde a felicidade parece tão absurda
qual o real sentido?
O que aconteceu comigo?

Talvez a vida seja mais segura na alienação
no comodismo, na falta de razão
talvez não hajam esperanças para a sociedade
talvez não ser humano seja o novo conceito de humanidade.

Desacreditar no homem, é desacreditar em si
é desacreditar na dignidade, não sei viver assim
então talvez eu não viva de raciocínio puro
talvez eu seja moldado em emoções, não discuto.

Eu vejo "espertalhões" que se dizem realistas
dizem que o mundo é assim e que eu sou pessimista...
pessimista em dizer que a humanidade está comprometida...
e otimista em acreditar que há saídas.

É, talvez seja mais seguro pensar como eles
talvez seja mais prático assim
talvez seja menos provável que me domine a insanidade
mas infelizmente não sei onde desligar minha humanidade.

Então sigo com medo, insano e sonhador,
vou superar as dificuldades e esquecer a minha dor
viver assim não foi escolha, ou talvez tenha sido, sei lá...
mas se isso me dignifica, os meus sonhos vou honrar.

Cicero Smoke

sábado, 7 de abril de 2012

Mais uma vez

Vejo em seus olhos
os teus medos
teus segredos
sinto a sua alegria
quando beijo a tua boca
tiro sua roupa
e você fica louca de desejo.

Agarro tua mão
te faço sentir
que você está segura aqui
e nada mais importa.

Eu te entendo
isso também é novo pra mim
mas olhando em teus olhos eu posso sentir
que não foi por acaso você chegar aqui.

Se entrega pra mim mais uma vez
você nem sabe o bem que você me fez
me tirando da escuridão
iluminando todo o meu coração
e não importam os nossos medos
nem a quanto tempo eu não te vejo
nós nos pertecemos
e juntos vamos ficar
juntos vamos nos amar...
mais uma vez.

Cicero Smoke

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Por que deveríamos amar de forma igual?

Somos diferentes, cada um vive à sua maneira
passa por situação conroversas, passageiras
uns se machucam mais, outros menos
personalidades definidas pelas experiências que vivemos.

Se somos diferentes, com razão
por que deveríamos amar de forma igual, então?
Onde quero chegar é que não existe definição
para sentimentos como o amor, a paixão
pois se é verdade que ser diferente é normal
por que deveríamos amar de forma igual, afinal?

Uns dizem que amor é a
outros que amor é b
e alguns dizem que é c
amor é o alfabeto inteiro
de "a" a "z".

Se eu fui criado sozinho, carente
por que devo amar de forma igual e não diferente?
Se a vida nos ensina novas coisas todos os dias,
por que eu deveria?

Não julguem o amor do próximo mediante seu juízo
cada um ama a sua maneira, ouçam o que digo
o comportamento humano é complexo demais pra ser medido
e o amor que vem de dentro é estranho demais para ser compreendido.

Cicero Smoke