quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ciclos

Verdades, com valor de mentiras, mas verdades,
as idas e vindas de um amor, uma cara-metade,
te afoga e te salva,
"a mão que apedreja é a mesma que afaga",
diz o poeta.

Como um ciclo, uma fase da lua,
vai, sempre volta e que volte sempre,
assim como a lua, não posso tocá-la,
então notei que nem tudo que quer,
o ser humano tem.

Eu nunca sei o quanto me importa,
o quanto preciso,
mas sem um amor pra me consumir,
eu não vivo,
creio que eu não procuro a felicidade,
não de verdade,
talvez eu só queira me sentir capaz,
fazer alguém sorrir,
fazer alguém feliz,
sei lá, ser decisivo,
se conseguir fazer isso e depois morrer,
nem ligo,
mas quero ser lembrado por momentos importantes,
enquanto não conseguir, vou assim,
tentando bastante.

Me prendi a isso,
mas você sabe me libertar,
vem de novo, faz o que sempre faz,
me faz viajar,
faz eu enxergar o meu lugar no mundo,
me diz que eu preciso ir lá no fundo,
da superfície você pode enxergar,
que tentando ir ao fundo eu posso me afogar,
então você me salvará,
por alguns dias, na água eu não vou querer entrar.

Então vai surgir o momento em que eu vou te chamar de novo,
e um novo ciclo começa...

Cicero Smoke



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